Dengue: comece o trabalho de extinção do mosquito pela sua casa

Os dois primeiros meses de 2015 vem se destacando pelo aumento nos casos de dengue em nossa região. Cidades como Limeira, Itapira, Mogi Guaçú e Elias Fausto já assumem que enfrentam uma epidemia. A própria cidade de Campinas, com 1.144.862 habitantes (dados do IBGE, em 2013), terminou o ano de 2014 com 42,6 mil casos da doença.

Mas muito mais do que debatermos os sintomas que a doença apresenta (que terão seu devido destaque, ao final deste texto), temos que nos conscientizar quanto à prevenção do criadouro do mosquito. Para isso, trazemos aqui aquela máxima que você, como eu, deve ouvir desde pequena, com seus avós: "É melhor prevenir, do que remediar".

Quando falamos sobre prevenção, lembramos da imagem da larva se mexendo nos pratinhos de plantas, garrafas pets ou ainda em outros possíveis recipientes que venham a acumular água limpa. Sim, o mosquito adora uma água limpinha e parada.

Agora, quantas vezes, com calma, analisamos partes de nossa casa em busca de possíveis criadouros? Pois é, o criadouro perfeito pode estar em sua casa, ao invés da casa do vizinho. É por isso que você deve fazer a sua parte, primeiramente.

Comece pelos locais potenciais, em sua residência, com condições para a procriação do mosquito:

- Caixas d'água sem a devida tampa de proteção;
- Com a seca, as pessoas estão sendo estimuladas a criarem suas próprias reservas de água da chuva. Faça-os, mas com proteções;
- Pratinhos para vasos - sempre os preencha com areia;
- Garrafas e latinhas;
- Bandejas de ar-condicionado;
- Construções e entulho;
- Calha entupida;
- Qualquer outro tipo de recipiente onde se perceba que é possível ficar água limpa retida.

Pode parecer excessiva toda essa precaução, mas existem motivos. Estudos mostraram que os ovos dos mosquitos, depois de depositados, passam por uma dessecação, o que permite que, neste estado, resistam no ambiente por até 450 dias. Ou seja, após depositados, eles podem sobreviver assim durante um longo período, até que retornem as condições de tempo quente, úmido e chuvoso, perfeitas para sua eclosão.

Sintomas da Doença

O cuidado com o ambiente é importantíssimo para minimizar a disseminação do mosquito em nossa região. E não podemos nos esquecer de também monitorar o conjunto de sintomas abaixo, caso surjam em você e em seus familiares:

- Febre alta com início súbito;
- Forte dor de cabeça;
- Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos;
- Perda do paladar e apetite;
- Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente, no tórax e membros superiores;
- Náuseas e vômitos;
- Tonturas;
- Extremo cansaço;
- Moleza e dor no corpo;
- Muitas dores nos ossos e articulações.

Em caso do aparecimento deste conjunto de sintomas, o acompanhamento de um especialista se faz necessário, inclusive, para evitar a evolução da doença ao quadro hemorrágico.

Agora, é fazer a sua parte! Com isso, você estará valorizando a sua vida e a de todos que fazem parte de sua comunidade.

Fontes: EPTV Campinas, Dengue.org, Instituto Oswaldo Cruz.