Embora o suicídio seja um assunto delicado, ele não pode se tornar um tabu. É preciso falar e acolher para conseguir prevenir.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio em algum lugar do planeta. Ou seja, em um ano, mais de 800 mil pessoas perdem sua vida dessa maneira. Dados levantados pela instituição em 2016 também apontam que suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos.
Como surgiu?
Em setembro de 1994, nos Estados Unidos, o jovem de 17 anos Mike Emme cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo e, no dia do seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que pudessem estar enfrentando problemas emocionais.
A ideia acabou desencadeando um movimento de prevenção ao suicídio e até hoje o símbolo da campanha é uma fita amarela.
Importância da campanha
Além de trazer esse tema à tona, as campanhas disponibilizam informações e opções de tratamento para o público, visando a reduzir o tabu que faz com que muitas pessoas evitem falar sobre suicídio e buscar ajuda.
O fato de muitos acharem que o suicídio é algo distante e que afeta poucas pessoas, o que a OMS mostra não ser verdadeiro, também prejudica discussões mais aprofundadas que seriam benéficas para quem precisa.
Vale ressaltar que, segundo a OMS, 90% dos suicídios podem ser prevenidos.
Se você conhece alguém que pode estar precisando de ajuda é importante saber ouvir sem emitir julgamentos e ser empático sobre os sentimentos do outro. Minimizar os problemas enfrentados pela pessoa, ainda que pareçam desimportantes para você, não é uma boa opção. É preciso respeitar a forma como a pessoa vê a situação. Ao mesmo tempo, por mais que as intenções sejam as melhores, é fundamental incentivar a pessoa a procurar ajuda especializada.